Resolvi fazer pesquisa
Só pra ver como é que é
Descobri que em Itamira
Tem um punhado de Zé
Não é só na Paraíba
Que esse nome predomina
Cá na Serra do Aporá
Ele também contamina
Quer ver que não tô errado
Queira então acompanhar
E no final da historia
Quantos Zés vão se achar
São Zés que já se mudaram
Já se foram deste mundo
Mas tem Zé que está vivo
E que conheci a fundo
Vou deixar de enrolação
E vamos fincar o pé
E relembrar alguns nomes
Que aqui se chama Zé
Zé de Juca, Zé de Otávia
Zé de badu e Zé pretinho
Zé de Vitor e Zé de França
Zé de Geroma, Zé de zuminho
Zé de Lino Zé do fole
Zé Reis e Zé de Miguel
Zé de Zeca de Irene
Tem também Zé de Raquel
Zé Hamilton, Zé de véio
Zé Milton Zezinho de Sinó
Zé Everaldo que ganhou
Alcunha de Zé coió
Zélito de Dona Celi
Zelitinho e Zé viola
O Zelito de Davi
Zé de Honorata e Zé da sola
Zezito de foguetão
E Zezinho passageiro
Zezinho do finado Cosme
Zezinho de Luís lixeiro
Zé de Nice, Zé Fueiro
Tem o Zé de Francisquinho
Zé Renato e Zé Raimundo
Zé de Agripina, Zé Médinho
Zé Antônio Locutor
Zé do Teles, tratorista.
Lembro de Zé de Biita
È Zé pra se perder de vista
Zé Lima e Zé de Déte
Zé de Salva Zé de Mauricio
Zé do rádio, Zé vida torta
E também Zé de Simplício
Zé Orestes, Zé de Agda
Zé da finada Mariinha
Zé Armando, Zé Arnaldo
Zé de Dona Amelhinha
Zé Maia e Zé de Rôla
Zé grande e Zé copo cheio
Zé Bobo e Zé Berimbau
Não estão em nosso meio
Zé pastel e Zé caju
Onde serão que estão
Será ainda se lembram
Do nosso belo torrão?
Zé Brazinho, Zé velane
Zé Carneiro, Zé Pereira
Zé do ouro, tantos Zés
Via-se no meio da feira
Zé Branco e Zé de Sônia
Zezinho lá da chapada
Zé Araújo de Simeão
Meu amigo e camarada
Zé Pinto, Zé saia véia
Outro Zé Raimundo “Tais”
Fi di Mané de Zé Santo
Memoria foi longe demais
Zé da jaqueira, Zé de João
Zé de Adalício, Zé estrelinha
Zé Alves que há muito tempo
Não vejo em nossa terrinha
Zé de Nita, Zé Luiz
Zé Amâncio e Zé fino
Zé da França era parente
Do tocador Fausto Lino
Zé Riachão, Zé curinga
O sanfoneiro Zé Lino
E tem um lá na chapada
Chamado Zé bico fino
Zé Pedro Pai de Isaltino
Zé Pedro Irmão de Miguel
Se for nomear os Zés
Não caberiam no cordel
Tem também Zé de Zé Pedro
Tinha o Seu Zé lapada
Lembro Zé Paulo de Déda
Zé Leão, bom camarada
O velho Zezé Breguedé
Zezinho Fonhem do formoso
A turma tirava sarro
Pois ele era fanhoso
Zé miúdo também foi
Grande amigo do meu pai
Uma amizade sincera
Que desta mente não sai
Até aqui noventa e oito
Nomes de Zés encontrei
E pra fechar noventa e nove
Zezito Barros anotei.
O numero 100 para mim
Escrevo de forma correta
José Carlos Paulo da Silva
É o nome deste poeta
Muitos Zés estão chegando
Outros já foram embora
Aqui faço homenagens
A todos eles nesta hora
Alguns vão, às vezes voltam.
Outros nem lembram de voltar
Mas eles sabem que aqui
È o seu verdadeiro lar
O Zé Calixto dos Santos
É o maestro Vidal França
Neto do Professor Inácio
Mestre da minha lembrança
Zé Roberto e Zé preto
Zé de pelonha, Zé cigano
Tem Zé de Zezé de Pio
Zé Carlos e Zé baiano
Zelitinho neto de Suta
Zé pissoca, e Zé binha
Zé Raimundo de Otacilio
Que é irmão de caquinha
Zé do ólo de seu Artur
Zé de Anísio da Pedrinha
Zé Pedro o pai de Téco
Jorge, Wilson e Raminha
Se fosse pra exportar
Era Zé pra dá de saia
Eu relembro o Delegado
Saudoso Zé sapucaia
Zé Raimundo era trovão
Também chamado de Xira
Tinha aqui um padeiro
Apelido Zé traíra
Acredito que em versos
Falei dos Zés com respeito
Ainda terei em Itamira
Um Zé como nosso prefeito?
Um Zé que tenha vontade
E não será um zé qualquer
Já ouvi alguém gritando
È Zé que o povo quer
Eu quero um Zé diferente
Que seja bem educado
E pra governar seu povo
Esteja bem preparado
Que aposte na cultura
Que ame sua cidade
É este Zé que queremos
Pra nossa felicidade
Não um Zé vaquejador
Que faça daqui um curral
Quero um Zé diferente
Competente e coisa e tal
Um Zé alfabetizado
E que saiba se expressar
Que junto ao Governador
Recursos venha buscar
Que não se meta em falcatruas
Que seja trabalhador
Se existe um zé assim
Veja em mim seu eleitor
Dos Zés que eu não citei
Quero aqui me desculpar
Se houver oportunidade
Desses Zés hei de falar
Porque lembrar-me de tantos
È um sufoco seu doutor
Sou apenas um poeta
E não um computador
A CIDADE de Itamira é Pequena
Mas é grande do seu povo a dita fé
Pois até o querido padroeiro
Pra variar, o seu nome é São José
Viva então a nossa bela Itamira
E os Josés que inspiram poesia
Nossa terra é amada e relembrada
Nesses versos revelo minha alegria
Este cordel é dedicado a mais um José ou Zé, de grande importância para todos nós: JOSÉ DANTAS (ZELITO DE DONA CELI).
Cada Zé aqui lembrado meu amigo
Antecede essa nova geração
Rebusquei no traçado do meu verso
Labutando pra não perder a razão
Onde andam outros Zés de Itamira?
Só Deus sabe de verdade, mas eu não
Se você quiser então me ajudar
Isso mostra que estás interessado
Levante por ai outros cem Zés
Vá contando todos eles dez em dez
Até chegar em mais de um mil pesquisados
Carlos Silva:
Cantor compositor e poeta. Já lançou vários livretos de cordéis e este é o mais recente trabalho do escritor, que está preparando o seu livro POEMAS VERSOS E CANÇÕES Que em breve será lançado em todo o País, pela Editora Biblioteca 24 horas de São Paulo-SP.
Contatos: 75 8118 6726
carlossilvampb@yahoo.com.br
www.carlossilva.com.br
www.recantodasletras.com.br/autores/apora
http://itamira.blogspot.com
www.aloartista.com
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