quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"ITA" MIRANDO







Do alto desta montanha, avisto ao longe a minha pequena vila de Itamira, onde fui criado.
Desde que aqui cheguei, no ano de 1967, com incompletos cinco anos de vida, pisei em terras que um dia, faria dos meus escritos da meninice, um poeta, compositor e cantor. Até então, canto e escrevo muitas coisas inerentes a esta terra que me recebeu como seu filho, abrindo seus braços para criar-me junto aos seus como se daqui, tivera eu nascido.
Há uma cumplicidade entre Itamira e eu, há um amor indescritível, uma saudade quando me distancio e vou depor minha arte noutras paragens.
O alto da serra, os amigos de infância, a mãe que me criou a professora que me ensinou os primeiros passos gramaticais.
Relembro de muitos mestres pelos quais tenho respeito, carinho, admiração e orgulho em tê-los conhecido, como:


Professor Inácio Assis de Souza
Professor Veridiano
Professora Carmem
Professora Nenzinha
Professora Albertina
Professora Idália
Professora Lourdes
Professora Gerusa
Professora Valdete Mendes
Professora Sônia Maria Lima

Mestres da minha infância, que com alguns deles tive o prazer de compartilhar meus tempos idos de primário.

Outros vieram depois com suas indiscutíveis importâncias:

Jaime Almeida Píton
Jesiel Santos
Dilma
Catarina
Célia Maria Leite
Cléia Xavier

Gostaria de ter uma foto de cada um deles e guardar pendurada na minha sala, para orgulhosamente dizer aos meus filhos: ESTES FORAM OS MESTRES DA MINHA VILA DE ITAMIRA, QUE HÁ MUITOS AJUDOU NO DESENVOLVIMENTO ESTUDANTIL DA MINHA INFANCIA.

Hoje, não sei mais como é a Escola, mas espero que cada aluno, tenha por seus professores, o carinho e respeito que guardo na minha lembrança de já crescida criança.

Cresci, meus sonhos cresceram, meus amigos cresceram trilhando tantos caminhos e dalguns, me perdi nas confluências que nossas estradas nos tangeram.
Crescemos tanto (penso) que mesmo estando perto, não temos mais a candura de estendermos as mãos a um simples cumprimento “desses que os Homens grandes fazem ao reencontrar os amigos”.
O que nos distancia dos outros? Talvez sejam nossos medos de voltarmos a ser criança, e andarmos abraçados ou de mãos dadas como antes fazíamos sem a maldade expressa no olhar de tantos outros alguns.

Mas, mesmo crescido, ainda tenho uma rosa para dar a minha professora e dizer-lhe, mesmo que timidamente: Obrigado, pois este verso em cada pedaço da escrita tem um pedacinho de alguma palavra que me ensinastes um dia escrever, pronunciar, ou representar teatralizando os passos primaveris artísticos que hoje me fazem calcar em palcos de tantos lugares.

Dedico esta poesia, a minha mais importante professora da vida: Elza Xavier de Oliveira ( in memorian).

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