domingo, 25 de setembro de 2011

"CORDEL - CIDADE DE INHAMBUPE"


















Quero pedir ao meu Deus
Inspiração vinda do céu
Pois escrever poesia
Este é o meu papel
Falar um pouco de Inhambupe
Nos meus versos de cordel

Falarei de alguns nomes
Até pedindo licença
Alguns não serão citados
Mas não terá desavença
Abordarei no meu tema
A cidade e sua crença

Inhambupe é uma cidade
Do interior da Bahia
De um povo tão feliz
Que esbanja alegria
È pra lá nobre colega
Que voltarei algum dia

Suas ladeiras enfeitam
A beleza da cidade
Arquitetura diversa
Fazem a modernidade
Contemporâneo e barroco
Na arte de qualidade

O ar puro é o presente
Dado pela natureza
O rio corta a cidade
Aumenta a sua beleza
A agropecuária faz
Sua principal riqueza

Há muitos atrás
Sua maior produção
Era o fumo cultivado
Fonte de arrecadação
Mas o tempo foi passando
Já não plantam isso não

Vamos falar da cidade
Do povo batalhador
Pois foi dali que surgiu
Homem e mulher de valor
Em cada formatura dava
Mais um grande professor

Descreve-los é impossível
Pois são muitos numerosos
Mas cada um contribuiu
Com esforços valorosos
Viva os mestres de Inhambupe
Com abraços respeitosos

O esporte preferido
Futebol e vaquejada
Fazia a maior festança
Era alegria arretada
Isso a todos animava
Velho, moço e molecada.

Por falar em vaquejada
Festa tradicional
Onde o “Major Honorato”
Sem duvida um genial
Dos vaqueiros da cidade
Ele foi o maioral

Quando mais jovem mostrou
Força e determinação
Como se faz a alegria
Em festa de apartação
Diva, também seu filho.
Deu sua colaboração

Deraldo também seguia
Os passos do velho pai
Derrubava boi na faixa
E desse jeito agente vai
Tecendo nossa historia
Que da memória não sai







Banho de cuia, Zé Gruvita.
Outra praia, outra escola.
Valdomiro e Zé Ramos
Cabras do corpo de mola
Esses foram alguns nomes
Dos grandes Homens da bola

Edson Prata meu amigo
Era excelente jogador
Duro, feito baraúna
Teve também seu valor
Registrado na historia
Por Inhambupe seu amor

Existem dezenas de outros
Nomes que fizeram história
Todos eles bem merecem
Lembranças e muita gloria
Citei apenas alguns
Que vieram na memória

Inhambupe tem poeta
Estela Mares é escritora
Lançou um livro, pois ela
Também é uma professora
Escreveu sobre a cidade
Grande historiadora

Fez trabalho de pesquisa
Pois queria ilustrar
A história da cidade
E a muitos informar
Todo o valor da cultura
Que existe nesse lugar

Quem dera que os poetas
Descrevessem mais seu chão
E mostrassem para o mundo
O valor do seu torrão
E soubessem que cada ser
Pela natureza é irmão


Pois eu sei que muita gente
Esquece o berço que nasceu
Esquecem a sua i8nfancia
A cidade onde cresceu
Esses eu tenho certeza
Que há muito, já morreu

Outros até sentem vergonha
Escondem a naturalidade
Desprezam seus conterrâneos
Ignoram a sua cidade
No peito plantaram a dor
Dura e cruel da maldade

A brisa da tarde traz
O cheiro da velha terrinha
E chateado as vezes dizem:
Esta terra não é minha
Que saudades do meu povo
Quanta alegria eu tinha

Daí então ele sente
A vontade de voltar
Morar no que é dos outros,
Sendo que tenho meu lar?
Tenho o campo, tenho o verde
Resolvi, vou retornar

Essa pausa faz sentido
E serve de reflexão
Quando agente tá distante
Do nosso povo e nosso chão
Nos sentimos tão sozinhos
Sem valor, sem expressão

No centro da cidade tem
Uma espécie de abrigo
Onde bacalhau recebia
Um grande numero de amigo
Chamava-se Bataclan
Sair sóbrio era perigo

A expressão “comer água”
É pra quem gosta de cachaça
Seja no brega ou no rio
No posto ou lá na praça
Em qualquer boteco amigo
A danada agente acha

Os cabras eram quase doidos
Gostava de “água dura”
È mais uma expressão
De realidade pura
Tem quem goste mais de cana
Do que de uma rapadura

Peço desculpas pois sei
Que quase sai do tema
Quero falar da cidade
Verdadeira diadema
È pena que eu não seja
Inhambupense da gema

Mas dividi minha infância
Banhando-me lá no rio
Eu morava em Itamira
Nesse tempo juvenil
A saudade traz lembrança
Que o meu coração sentiu

Muitos fizeram história
Retratando com certeza
Mestre Amado, o fotografo
Aprendeu por natureza
Tinha também o Darci
Lembro com muita clareza

Vou abrir mais um parêntese
E alguns nomes hei de citar
Sem querer de forma alguma
Meu verso politizar
É que personalidades
Tenho que homenagear

Senhor Tenório, Branquinho
E também Pedro Olival,
Simone Senhor Leônidas
Oséias, o amigo Durval
Meu carinho e meu respeito
Meu abraço fraternal

Velho Zito Borborema
Faustino e Dadazinho
Seu Alves e Tonho Mole
Jesiel, Agenorzinho
Ciro Rico e Também
Lembro seu irmão Térinho

O Doutor Jaime Píton
Dentista e professor
E o velho doutor Guga
Quanta gente ele ajudou
Pra esse não tinha hora
Era só chamar, já vou.

Esmeraldo e Buri
Neste meu cordel lembrado
Fizeram nesta cidade
Seu esforço laborado
Filhos desta dita terra
Cá viveram no passado

Lembro também, de Zé Milchias.
Com os trocadilhos seus
“SEU ZÉ O SENHOR VENDE A TARDE”?
Quem vende a tarde é Deus
Vendo o jornal A TARDE
Conserte os erros teus

Zéza o bicicleteiro
Lourdes de Mario pintado
O motorista Nadu
Seu Maninho é um bocado
De gente que já se foi
Deixando-nos o seu legado








Quer conhecer a cidade?
Passe me acompanhar
Da ladeira do beré
Eu já posso avistar
Inhambupe me esperando
Alegrando o meu olhar

Nessa ladeira, porém.
Confesso é um perigo
Ali se foi o Buião
Nosso velho e bom amigo
Outros também encontraram
A morte como castigo

Mas vamos mudar de assunto
E seguir em outra prosa
Citando a lagoa seca
Amarela e a Cardosa
A fazenda redenção
Paisagem maravilhosa

Pau ferro e Baixa grande
Muita festa ali eu fiz
Com Zé Sergipe, Juninho.
Folias lá na matriz
Nossa obrigação era
Fazer o povo feliz

Micareta em Inhambupe
É um grande carnaval
A festa é tão animada
Não existe outra igual
Eu fico mais a vontade
Do que lá na capital

A cidade tem história
Tem lazer muita cultura
Vejo o centro de convenções
Fabulosa arquitetura
Tem também o clube ARCI
Festança, alegria pura.

Inhambupe até virou
Assunto na televisão
E foi lá na Tv globo
A reportagem não vi não.
Dizem que apareceu um bicho
Nessa bela região

Eu não posso garantir
Se o que dizem é verdade
Acredito ser folclore
Longe da realidade
Ou quem sabe uma invenção
Para dar publicidade

Homem deixa de conversa
A outro vá enganar
Humano, sei vira bicho
Quando alguém vem enfeitar
A testa do individuo
E um par de chifre botar

Se insistir que é verdade
Vou crê em papai Noel
Saci, mula sem cabeça
Boitatá e o beleléu
Se algum provar que é verdade
Tirarei o meu chapéu

Eu não estou duvidando
Mas não posso acreditar
Em pleno século XXI
Novo milênio, “coisa e tár”
Alimentar essa crendice
È no mínimo regressar

Era do computador
Fibra ótica e algo mais
Internet, e-mails chats
Coisas hoje tão normais
Moda agora dizem Fashion
Expressões tão naturais

Visões tão medievais
Os dizeres nos consomem
Dizem que veio do macaco
O bicho chamado Homem
Eu lhes peço por favor
Mais cuidados vocês tomem

Vou aqui me despedindo
Pois a minha intenção
Foi falar de Inhambupe
Da sua bela região
Aquele povo meu amigo
Trago em meu coração

Esse povo creia merece
Toda consideração
Por conservar alegria
E toda dedicação
Relatei por entre verso
Mergulhei no universo
Dessa bela criação


Cada rua praça avenida
Alcança a bela região
Rebusquei nesses meus versos
Lutas sonhos e ilusão
Os amigos de Inhambupe
Sua historia e tradição

Se pudesse citaria
Ilustrando á memoria
Levantaria os nomes
Valorizando os sobrenomes
Até contar toda historia


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