terça-feira, 24 de janeiro de 2012

POLITICAGEM COSTUMEIRA


Um matuto aputalado
No país da roubalheira
Vendo assim tanta besteira
Nada de bom pro seu lado
Sentindo-se tão enojado
Rasgou o “Tito” de inleitor
Se lasque o “Gunvernador”
Presidente do senado
Se arrombe os deputado
Pois neles num voto mais
Ô Raça de satanais
Disgraçado inganador

Prefeito e Veriador
Uma corja de mardito
Neles eu num mais cridito
São do povo enrolador
Num respeita professor
Nem trabaiador braçal
Uns monte de animal
Roubano minha cidade
A ninguém faz caridade
Essa cambada de ladrão                                                                              
A mim num ingana não
Cum gesto de farsidade

As muié desses mardito
São quengas bem disfarçada
Trambiquera mazelada
Que tentam levar no grito
Lamento do povo aflito
Que pede ajuda aos pranto
È festa pra todo canto
Interior e capitá
Festança pra se daná
Gastando a crença do povo
Que vive a dançar de novo
Nas terras do meu lugá

Das veis que eu já votei
Não tive bom resultado
Eu cri num cabra safado
Com ele eu me enganei
Nada com este ganhei
A não ser decepção
Comprou até o meu chão
Pagando u’a micharia
Por eu tá nas agonia
Duns trocados precisando
Ele foi logo pagando
Menos do que merecia

Montou farmácia e mercado
Ao genro deu de presente
A filha era gerente
De um comercio encostado
Encheu fazenda de gado
O povo quieto olhando
Ninguém tava investigando
A roubalheira tramada
Sua família montada
Na grana que escorria
Quem fiscaliza não via
Fingia não era nada

Os conchavos e propinas
No meio da madrugada
As malas tão recheada
Para dar aos seus sovinas
Corja de imundos suínas
Rapador de coisa alheia
A coisa tava tão feia
Acho que não consertou
Essa quadrilha desviou
Nossa cidade ficando
O progresso atrasando
Pagou caro quem votou

Fazendas e mais fazendas
No Estado da Bahia
Era o que mais se via
Ninguém fazia contendas
Parecia inté parlendas
E o povo nem se mexia
Amargava a agonia
De ver ladrão se armando
E a todos ali comandando
Por muito tempo passado
Mas o troco será dado
Estamos nos preparando

Na terra de cego amigo
Quem tem um olho é Rei
Jamais me enganarei
E pra não correr perigo
Aprendi com o castigo
Não me meto com canalha
Se minha mente não falha
Nunca mais vou me meter
E tão pouco eleger
Bandido e nem trambiqueiro
Nem por rio de dinheiro
Lhe butarei no puder

Saúde e educação
Isso é coisa do passado
Hospital já foi fechado
La vem suplementação
Nome esquisito do cão
Para os buracos tapar
Legisladores a esperar
Pelo seu voto vendido
Que não é mais escondido
A falta de lealdade
E assim a tal cidade
É governada por bandido

Analfabetos no poder
Querendo enganar o povo
La vem pedindo de novo
Achando-se merecer
Ele quer enriquecer
As custas de quem é do bem
Quando chegar o ano que vem
La vem cheio de promessa
E a pancada é sempre essa
Dizendo que vai mudar
As coisas vão melhorar
Só que não podem ter pressa

Mudar de partido é ligeiro
O jogo do jogo é assim
Isso nunca terá fim
È o poder do dinheiro
Que ajuda o desordeiro
Brincar com o inleitor
O cabra confiador
Fica decepcionado
Sentindo-se tão enganado
Naquele que confiava
E neste depositava
Seu voto encabrestado

Gunvernador veio cá
Falou palavra bonita
E o povo todo cridita
Pois veio pra iscutá
O homem então discursá
Com jeito inteligente
Desses que mentem pra gente
Todo dia e toda hora
E o povo inda implora
Melhorar a comunidade
Conversa de farsidade
Tempo leva sem demora

É uma vela pra Deus
E uma reza pro cão
É um covil de ladrão
Reunião de ateus
Que roubam os sonhos meus
Afogam as esperança
E quem lhes dá confiança
Morre sem vê resultado
Tudo que tem é roubado
Com o apoio do inleitor
Que torna-se apoiador
Do politico safado

Eu já tô aresolvido
Nunca mais hei de votar
Mas sempre vou opinar
É meu direito adquirido
Por tanto ano sufrido
Em que fui um votador
Mas deixo para o senhor
Entendedor desta vida
A luta é merecida
De quem luta pra mudar
Então saiba manejar
Boa escolha na lida

Nunca venda o seu voto
Não traia sua confiança
Mantenha a esperança
Sem ser do besta devoto
Esse conselho lhe boto
Pense assim na sua gente
Seja mais inteligente
Na hora da votação
A arma tá na sua mão
Então vote consciente
E não seja negligente
Ajude sua nação

Dei o meu ponto de vista
Você segue se quiser
Faça a escolha que fizer
Seja honesto e calculista
Siga sua própria pista
Não se venda nem se traia
Em armadilha não caia
Lute por sua cidade
Pois a tal felicidade
Inda existe sim senhor
A ela então dê mais valor
Preserve sua honestidade


São esses versos rimados
De boa modalidade
Em 12 assim de verdade
Compostos bem humorados
E com carinho preparados
Numa linguagem matuta
Porém correta é a luta
De quem sonha e espera
Que mude essa esfera
Com responsabilidade
E que tenhamos na verdade
Mudança de nova era


É mera coincidência
Os fatos aqui descritos
Em meio a tantos gritos
Não perco a paciência
Se você tem a ciência
De ver em fato narrado
Nesse meu cordel traçado
Não mexo com sua cidade
Pois tenho maturidade
Não vou mudar seu pensar
Então queira respeitar
Minha criatividade

Minha estrofe em 12 versos
Deu-me a inspiração
Em linguagem bem matuta
Faço minha expressão
Mas isso é um recado
Se estiveres preparado
Votarás certo, ou não.

Sou um poeta brasileiro
Sou um cidadão do mundo
E conheço bem a fundo
Este meu país inteiro
O nosso povo ordeiro
Carrega dignidade
Espalha felicidade
Em verso prosa e canção
Na cidade ou no sertão
A luta é tão guerreira
Minha nação brasileira
Que me enriquece de emoção


Sou um poeta paulistano
Na Bahia fui criado
Amando esse Estado
Já me sinto um bom baiano
E ando fazendo plano
Do meu livro publicar
No Brasil irei lançar
Relatando em poesia
Fonte da minha alegria
No verso do canto falado
Um paulistano abaianado
Um versador em cantoria

Cada um tem sua arte
A sua escolha de lida
Rebusco nessa medida
Lutar com dignidade
Ouvindo assim com vontade
Somando a paz escolhida

Somos parte desse povo
Imitando o bom viver
Luta sonho e pensamento
Valorizar cada momento
Aprimorando o meu saber


Com Gonzagão aprendi
As coisas deste sertão
Com Jessier nosso irmão
Muita coisa dele ouvi
Foi então que escolhi
Traçar a vida em verso
Vagando nesse universo
Na saga da poesia
Que me enche de alegria
Nesse meu torrão amado
Sou um abrasileirado
Neste mundo de leotria


(75) 8118 - 6726
Av. Cel. José Simões de Brito, 80 centro – Itamira Bahia

domingo, 15 de janeiro de 2012

"VIDA DE GADO"



NÃO SOU POETA
SOU UM MISTURADOR DE VERSOS
UM AJUNTADOR DE PALAVRAS
UM CONTADOR DE BOLODÓRIOS

SEM DIPLOMA SEM ANEL
SEM PATENTE DE BACHAREL, SOU UM TABAREU SABIDO CIRCULANDO NA CIDADE,BUSCANDO FELICIDADE RABISCANDO O PAPEL.

SOU UM ASSUNTADOR CALADO,COM OLHAR DESCONFIADO E UMA APRACATA DE COURO. VEJO GENTE APRESSADA,COM A MENTE PREOCUPADA EM GARANTIR O SEU OURO.
VEJO NA RUA,
ALGO QUE SEMPRE ME ASSUSTA, NA PAULISTA OU NA AUGUSTA, NA LUZ ,NA CONSOLAÇÃO. O POVO É FRIO NINGUÉM FALA COM NINGUÉM, NO COLETIVO OU NO TREM,PARECE ATÉ ASSOMBRAÇÃO.

UM POVO ROBOTIZADO, CONTROLADO POR DINHEIRO,QUE SÓ SABE ANDAR LIGEIRO, PRÁ SERVIR O SEU PATRÃO. SÓ FALTA A CANGA, NO PESCOÇO DESSA GENTE,PARECE ATÉ QUE ESTÃO CONTENTE,COM A DITA SITUAÇÃO.

QUEM VIVE ASSIM, É ESCRAVO DO EMPREGO, UM COITADO UM PELEGO, COM CABRESTO DO PATRÃO.
E VIVE PRESO, NO SALÁRIO ALGEMADO,OBEDECENDO FEITO GADO, NO CHICOTE OU NO FERRÃO.

RECOMPENSA





NUM MADEIRO DE BRAÇOS ABERTOS LÁ ESTAVA "ELE".
PESANDO NOS SEUS OMBROS "COMO SE FOSSE UM PÊNDULO" TUDO DE ERRADO DA VIDA HUMANA.
DOS SEUS OLHOS, TINGIAM-SE-LHE O LIQUIDO ENCARNADO DO SOFRIMENTO E DOR.
DO SEU OLHAR DE AMOR, AINDA DISSE:
PAI, PERDOA-OS POIS ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM.
OS CRAVOS, TRANSPASSARAM-LHE MÃOS E PÉS.
O CÉU, FEITO CORTINA RASGOU-SE E UMA CHUVA MISTERIOSA MISTURAVA-SE ÁS LÁGRIMAS DO SALVADOR.
MUITOS DE CORAÇÃO BOM, PRANTEAVAM A CENA, SOLUÇAVAM O SENTIMENTO DA DOR.
AO TERCEIRO DIA, CUMPRIU-SE A PROFECIA E O TEMPLO FOI RESTAURADO, SUBINDO AO PAI, NO SEU SANTO TRONO DE GRAÇA.
TRIUNFANTE "POIS A TUDO SUPORTARA" FORA PELO PAI ABRAÇADO E HOUVE FESTA NO CÉU.
E OS ANJOS, AGORA FELIZES TOCAVAM HARPAS E LIRAS SANTIFICADAS,REGIDAS PELO SENHOR DA CRIAÇÃO.
E O SOM, ERA INDESCRITIVELMENTE CRISTALINO E AFINADO.
ESSA, SEM DUVIDA, É A RECOMPENSA PARA TODO AQUELE QUE RECEBE, SUPORTA E SUPERA TODA A DOR.
POIS OS BRAÇOS DO PAI, ABRIR-SE-ÃO PARA RECEBE-LOS NA ETERNIDADE LHES CHAMANDO DE MEUS FILHOS.

"SEGUINDO"



UM PENSAMENTO AVUANTE
NUM FUTURO QUE VIRÁ
NOVA VIDA ENTÃO TRARÁ
ALEGRIA ABUNDANTE

E NA MINHA BUSCA AVANTE
OTIMISMO ME GUIARÁ
O MEU PENSAMENTO IRÁ
ME LEVANDO CONFIANTE

VOU COM DEUS NÃO TENHO MEDO
BRINCANDO COM OS DESAFIOS
DESVENDO QUALQUER SEGREDO

BANHANDO SONHOS NOS RIOS
COMO FAZ O SOL BEM CÊDO
CAUSANDO NAS PEDRAS ARREPIOS

UM DESEJAR DE MATUTO






Chega me dá doidiça, quando espeto com meus óios a gostosidade do balançante quadril... Êh quadril.
Par de coxas torneadas, feito fuso no linhavar do tecimento do cordão.

Ahhh doidiça; Temo que os óios pule da caixa ao acompanhar o teu desfile em desalinho.
Sinto a fervura labareando, querer papocar de dentro prá fora, esta vontade de despejar em ti o jorro do vulcão latejante.

Oxe... minhas carças forgadas de algudão me trai e os outros óios percebe o meu avexamento.
Quem controla o descontrolamento fora de qualquer controle?

Minhas carças de algudão, parece lona de circo de mei de feira , esticando a volumosidade que tenta "sisconder" de tão esticada...
Tulice, o que mais me sarva é um jorná de onti qui nem hoje sei o qui iscrevero.
E prá que jorná, se nem lê eu sei?
Só sei qui iscondeu a vergonha. E por não ser o dia 7 de setembo, eu nem sei prá qui serve o mastro alevantado, se a bandêra é apenas um desejo do matuto....
Ahhhh doidiça, desaprumo torteado da visão que tive, que me fêz moiar os óios e até a lona do circo incharcou.
Vixi minino que avechamento ôxe...

AH, SE O HOMEM SOUBESSE





Na vida tudo acontece,
Alguém sobe, outro desce,
Buscam santo fazem prece
Sem saber que nem merece
Pois promessa aborrece
Que até santo desaparece
Enquanto a aranha a teia tece
O sol lá fora resplandece
Traz calor a terra aquece
E um novo dia amanhece
E todo mundo enriquece
Ah se o Homem soubesse
Que a vida refloresce
Se uma chance ele desse
E com Deus sempre estivesse
Porém ele emudece,
O coração escurece
E Nosso Pai entristece
Sem razão desobedece
Mas Deus nunca se enfurece
Espera que o Homem regresse
E nova vida recomece
Onde o viver engrandece
O nome de Deus enaltece
E a natureza agradece

"QUAL O VALOR QUE VALE O VERDE?"



VEJO O MUNDO AOS POUCOS AQUECENDO
AS GELEIRAS DERRETENDO A CADA DIA
ESPATIFANDO EM PERFEITA HARMONIA
OS ICE BERGS ESTÃO DESAPARECENDO
E O HOMEM DIZ QUE NÃO TÁ ENTENDENDO
ESTE AQUECIMENTO TÃO BRUTAL
E AOS POUCOS A BELEZA GLACIAL
TRAZ ENCHENTE CAUSANDO INUNDAÇÃO
COMO SE PREPARASSE A DESTRUIÇÃO
DESTE MUNDO E DA VIDA ANIMAL

TALVÊZ SEJA A EXTINÇÃO DA HUMANIDADE
POR GANANCIA ACUMULANDO A PRODUÇÃO
SUFOCANDO COM SUA POLUIÇÃO
TODA ESSÊNCIA DA PROPRIA CRUELDADE
POIS O HOMEM CONHECE DE VERDADE
TODA CAUSA, TEM EFEITO GARANTIDO
QUANDO ELE NOTAR QUE "TÁ PERDIDO"
O SEU GESTO NÃO TERÁ MAIS REVERSÃO
PAGARÁ COM SUA VIDA A DESTRUIÇÃO
MORRERÁ ESCUTANDO O SEU GEMIDO

O PLANETA É UMA CASA ABENÇOADA
CONSTRUIDA POR UM DEUS UNIPOTENTE
MAS O HOMEM ESQUECEU O QUE É SER GENTE
DESTRUINDO ESTA OBRA TÃO SAGRADA
E O QUE RESTA DO MUNDO É QUASE NADA
POIS ATÉ O BOM DEUS FOI ESQUECIDO
HOJE LAMENTA, VENDO TUDO DESTRUIDO
MAS EM BREVE COBRARÁ O QUE FOI FEITO
E APENAS O LEAL SERÁ ELEITO
QUANDO TUDO AQUI FOR CONSUMIDO

VEJO TRISTE, A AMAZÔNIA DESTRUIDA
EXPLORAÇÃO DESORDENADA ME APAVORA
A BELEZA EXISTENTE DESTA FLORA
JÁ É QUASE UMA FOTO ESQUECIDA
QUE SERÁ ÓH MEU DEUS DE TODA VIDA,
QUE DESPREZA O QUE ERA PRESERVAÇÃO?
OS POLITICOS ENVOLVIDOS NA AMBIÇÃO
COMPRA E VENDE A RIQUEZA NACIONAL
ENCURTANDO O CAMINHO PRO FINAL
SEM AMOR, SEM CLEMÊNCIA E SEM PERDÃO



Homenagem A chico Mendes.

"LEMBRANÇAS"




Hoje parei pra pensar em mim.Recordei do meu eu tão longe, tão indefeso e inocente.
Estrada de chão, pés descalçados e um pirulito açucarado na boca(coisas pra tapear menino), trazido por minha avó lá da feira de Nova Soure pedaço de sertão baiano.
Na bagagem trazida em bocapiu., os mantimentos necessários ou a parte que cabia no orçamento da roceira. Coisas como:
Duas rapaduras, dois pacotes de bolacha mata fome,uma diadema colorida para enfeitar os cabelos da minha irmã, um novelo de linha, duas pedras de anil, uma caixa de missi, um pedaço de bolo de puba, uma caixa de fornicida tatu,uma latinha amarela de neocid,um frasco de aguardente alemanha e uma meota de cana destilada que ela tanto gostava.
Para suas pitadas preguiçosas, não podia faltar o fumo para o cachimbo de barro por ela mesma construido, com sapiencia matuta de artesã.
Dos netos( talvez por ser o caçula) era quem mais ganhava agrado.
Cheiro de vó,de terra e de lembranças que a mente agora me conduz a tempos idos.
Agora, em minha crescida vida, não tem mais cheiro de vó, as estradas são asfaltos, a inocência causa espanto e ainda sigo indefeso.

"HÁ"

Há um sufocamento desvairado trazido pela saudade, que aqui você plantou.
Há um azedume no doce dos beijos que ela um dia pra longe levou.
Há uma tristeza penosa latente no peito pulsando a dor.
Há um mote, tristonho e vazio, secando o poema deste cantador.
Há um grito calado doído no verso esquecido de um bom trovador.
Há um eclipse apagando alegria, escurecendo a poesia do vate rimador.
Há uma vontade de tê-la, ao menos pra vê-la por aqui passar, Há um brilho, de felicidade, se a minha vontade se concretizar.
Voltar a sentir, o cheiroso perfume, acender o negrume deste meu querer, e beijá-la com eterno carinho e no nosso cantinho tornar a viver.
Há um riso, um chute na saudade, pois a felicidade voltou para mim, embriagando a essência do desejo, onde em sonho despejo um gozo sem fim.

"A BOLA DO MUNDO"



Quisera fazer um versos
Falando de amenidade
Beleza pura e sincera
Paz por toda humanidade
Mas o que vejo da medo
E o que não é segredo
Traz a triste realidade

Florestas incendiadas
Os rios estão secando
Os peixes perdendo a vida
A fumaça sufocando
O planeta aquecendo
As geleiras derretando
O Efeito estufa aumentando

Gases toxicos no planeta
Espalha a morte no ar
Varios tipos de doenças
Sem a ciência controlar
Se a medicina está doente
O que será da nossa gente,
Que não soube preservar?

O progresso tras consigo
O poder da ambição
E o Homem a cada dia
Perde a racionalização
Promovendo e espalhando
Pelos mares derramando
Sua propria extinção

A natureza em furia
Mostra todo o seu poder
Ciclones e terremotos
Faz a terra toda tremer
O El ninho quando passa
Deixa um rastro de desgraça
Ninguém pode lhe deter

A culpa é toda do Homem
Descontrolou a natureza
Desrespeitou a lei de Deus
Pela propria avareza
Hoje paga o pecado
Já foi julgado e condenado
Pagarás tenho certeza

È tudo pelo dinheiro
Que este ser se consome
Promove guerras idiotas
Massacra o povo de fome
Jogam lixo na mãe terra
E assim á vida encerra
Sem nome e sem sobre nome

"Escolando um pouco do Rio de Janeiro"



Minha terra tem mangueira
Tem salgueiro tem portela
Tem o manto azul e branco
Que enfeita aquarela
E quando passa na avenida
Sacode o brilho da vida
Eles perguntam: quem é ela???

É um cantar de beija flor
Que lá no alto futuca
Fazendo a batucada
Que do outro lado se escuta
E então ja tô sabendo
O som que ouço crescendo
Vem da Unidos da Tijuca

Imperatriz Leopoldinense
Nome lindo de princesa
Quando entra na Avenida
Mostra a sua grandeza
Linda e toda colorida
È um colirio prá vida
Da autentica realeza

Minha terra tem Palmeira
Que embeleza o mundo inteiro
Tem Cartola Pixinguinha
Muito bamba e batuqueiro
Tem o Cristo Redentor
Tudo é beleza e amor
Isto é Rio de Janeiro

NOSSO NEGRO BRASIL



O NEGRO É SIMBOLO DE GLORIA
ZUMBI HEROI GRANDE BRAVO
NAO ACEITOU QUE O SEU POVO
VIVESSE PRA SEMPRE ESCRAVO

MUITOS DELES ATE SONHAVAM
COM A TAL CARTA DE ALFORRIA
O PRAZER DA LIBERDADE
ERA O QUE DAVA ALEGRIA

FOI NO SECULO DEZENOVE
QUE A ATROCIDADE SE DEU
UMA GUERRA DECLARADA
O "PODER" DO EUROPEU

QUEM PERDIA A DITA GUERRA
TROCAVAM POR MERCADORIA
UMA GENTE QUE ATE ENTAO
ESCRAVIDAO DESCONHECIA

LEVADOS EM NAVIOS NEGREIROS
SOFRENDO HUMILHAÇÕES
ACOITADOS, MALTRATADOS
DENTRO DAQUELES PORÕES

ERAM MARCADOS COM FERROS
COMO QUEM FERRA BOIADA
É TRISTE VOLTAR NO TEMPO
E DESCREVER ESTA JORNADA

ETNIAS DIVIDIDAS
ESPALHADAS PELOS CANTOS
CHAMADOS DE SUDANESES
O OUTRO GRUPO ERAM BANTOS

OS BANTOS NA AGRICULTURA
E TAMBÉM NA PECUÁRIA
OS SUDANESES TECIAM
NUMA VIDA TAO PRECÁRIA

OS SUDANESES VIERAM
DE CABO VERDE PRA SÃO LUIZ
OS BANTOS PORÉM DE BENGUELA
E EM MOÇAMBIQUE TÃO FELIZ

OS NEGROS AO SOM DA CHIBATA
LIDAVAM NOS CANAVIAIS
OS SENHORES DOS ENGENHOS
ERAM MALDOSOS DEMAIS

CASA GRANDE ERA A MORADA
DOS TEMIDOS CORONÉIS
A SENZALA ERAM DOS NEGROS
VEMOS VALORES REVÉS

BARRACO FEITO DE BARRO
COBERTURA DE SAPÉ
HOMEM DORMIA DE UM LADO
DO OUTRO LADO A "MULÉ"

ALÉM DOS CANAVIAIS
PLANTAVAM OUTRA CULTURA
MILHO,FEIJÃO MANDIOCA
GALINHAS E SUINO CULTURA

OS FEITORES VIGIAVAM
COM OLHARES REDOBRADOS
E QUEM DESOBEDECESSE
ERAM LOGO CASTIGADOS

MAS MESMO ASSIM NA LABUTA
ENCONTRAVAM UM TEMPINHO
E JA SE ARTICULAVAM
SONHANDO UM NOVO CAMINHO

ERAM APENAS MERCADORIAS
EM PRAÇAS ERAM VENDIDOS
COMO SE FOSSEM OBJETOS
OU ANIMAIS DESVALIDOS

ANUNCIADOS EM JORNAIS
COMO MERA MERCADORIA
ASSIM ERA A SUA SINA
DIA E NOITE, NOITE E DIA

TINHAM SEUS dEUSES E MITOS
SUA CRENCA, O CANDOMBLÉ
SUA PROPRIA CULINÁRIA
FEIJOADA E ACARAJÉ

ERAM TEMPOS TAO DIFICEIS
POIS A DISCRIMINAÇÃO
NAO PERMITIA QUE A MULHER
FORMASSE SUA OPINIÃO

AS MULHERES E CRIANÇAS
DOS SENHORES TAMBEM SOFRIAM
NADA PODIAM OPINAR
CALADAS EMUDECIAM

RESUMINDO A HISTORIA
DA LUTA ENTAO TRAVADA
O TAL SENHOR DOS ENGENHOS
SENTIU DERROTA DANADA

ESCRAVOS, NEGROS OU NAO
GANHARAM A LIBERDADE
MUITOS MORRERAM SEM TER
VISTO ESTA REALIDADE

SENZALA VIROU FAVELA
O NEGRO A TUDO SOFRIA
MESMO COM A LIBERDADE
COMEMORAR NEM PODIA

PRA ONDE IR SEU DOUTOR,
O QUE FAZER DESTA VIDA?
TEVE NOSSO NEGRO IRMÃO
MUITO AMARGOR NA VIDA

E HOJE AINDA EXISTE
A TAL DISCRIMINAÇÃO
POR UM MONTE DE IMBECIL
TRAIDOR DESTA NAÇÃO

VIVA A NOSSA POESIA
VIVA OS VERSOS DITOS AQUI
VIVA O MORRO DO MACACO
VIVA O GUERREIRO ZUMBI

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A MINHA SIMPLICIDADE


Na simplicidade versativa da minha filologia, desnudo por entre versos a essência da mais bela paisagem versativa, numa viagem pelo meu sertão agrestino tão meu e brasileiro.
Sou um toco de jurema brotando por entre o gravatá da caatinga, o florescer de uma nova cantiga chamada poesia, desfilando pelas veredas abertas da minha inspiração, o dom mais sublime em descrever o meu torrão amado.

Hoje, (aquilometrado pela distancia) sinto o cheiro da saudade aperfumar o meu sentido mais intimo de vontade de pisar de novo neste sagrado solo.
Em meio a violeiros tantos, rimadores, repentinos, cantantes de diversas modas entoando cultura popular em cada acorde ou nota soprada ao vento. Sou um pedaço de tudo isso, beiçando as iguarias mais gostosas do meu lugar.
Um açude, um pé de serra, um tanque grande bem maior que meu sonhar, desaguando minha meninice teimando as ordens de mamãe corretivas em não banhar-me por ali.
Ahhh saudade.


Porque teima em cutucar-me o juízo? Visto que antes, os versos de duplas como Dadinho e Caboclinho, a tocante sanfona de Josa vaqueiro do sertão, Marinês e sua gente numa lonagem de circo de rua, me faziam sonhar com o mundo das artes e do entretenimento.
Eram teatros abertos aos olhos imagináveis de vontades despertando em cada pulsar o querer ser também eu a estar ali Arteando para o povo ver e ouvir.
Onde estão as duplas de meio de feira, o gritar estatelado do propagandista oferecendo suas ervas de tudo quanto era cor?
Onde está a infantilidade doutrora que hoje me faz passear pelas letras o meu sentir?

Se a vida é também para ser lida, elevo meu pensar nos sertões de Guimarães cheirando todas as rosas da busca.

Feito Fabiano, bebo em fontes de esperança o meu viver, evitando a secura e a cegueira do não encontrar.
Ahhh meu sertão amado, cercado de tantos diferentes sotaques e longe de refinos gramaticais, Amo a tua simplicidade sertanica e o teu jeito mais puro de ser e sentir, pois assim, mutuamente, nos completamos a cada palavra solta.
Entre o sertão e eu, não carece tanto ismo pois nos aceitamos e nos acostumamos nessa cumplicidade de ritos, mitos e gestos tão nossos, de nosso povo suado e sonhante sem exigir da vida, mais do que o necessário para viver.
A labuta bruta me basta e assim em cada pedaço de mim vivido, tenho Itamira-Ba, como fonte inspiradora do meu viver.

Independente de muitos idiotas, meu amor por essa terra, é bem maior que um mandato que se renova a cada quatro anos.
QUE VENHA 2012 E QUE MELHOR SEJA PARA ESTA CIDADE E SEUS CIDADÃOS.