UM PUNHADO DE DIZERES
Textos em versos e em prosas e em cordel
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
POLITICAGEM COSTUMEIRA
Um matuto aputalado
No país da roubalheira
Vendo assim tanta besteira
Nada de bom pro seu lado
Sentindo-se tão enojado
Rasgou o “Tito” de
inleitor
Se lasque o “Gunvernador”
Presidente do senado
Se arrombe os deputado
Pois neles num voto mais
Ô Raça de satanais
Disgraçado inganador
Prefeito e Veriador
Uma corja de mardito
Neles eu num mais cridito
São do povo enrolador
Num respeita professor
Nem trabaiador braçal
Uns monte de animal
Roubano minha cidade
A ninguém faz caridade
Essa cambada de
ladrão
A mim num ingana não
Cum gesto de farsidade
As muié desses mardito
São quengas bem disfarçada
Trambiquera mazelada
Que tentam levar no grito
Lamento do povo aflito
Que pede ajuda aos pranto
È festa pra todo canto
Interior e capitá
Festança pra se daná
Gastando a crença do povo
Que vive a dançar de novo
Nas terras do meu lugá
Das veis que eu já votei
Não tive bom resultado
Eu cri num cabra safado
Com ele eu me enganei
Nada com este ganhei
A não ser decepção
Comprou até o meu chão
Pagando u’a micharia
Por eu tá nas agonia
Duns trocados precisando
Ele foi logo pagando
Menos do que merecia
Montou farmácia e mercado
Ao genro deu de presente
A filha era gerente
De um comercio encostado
Encheu fazenda de gado
O povo quieto olhando
Ninguém tava investigando
A roubalheira tramada
Sua família montada
Na grana que escorria
Quem fiscaliza não via
Fingia não era nada
Os conchavos e propinas
No meio da madrugada
As malas tão recheada
Para dar aos seus sovinas
Corja de imundos suínas
Rapador de coisa alheia
A coisa tava tão feia
Acho que não consertou
Essa quadrilha desviou
Nossa cidade ficando
O progresso atrasando
Pagou caro quem votou
Fazendas e mais fazendas
No Estado da Bahia
Era o que mais se via
Ninguém fazia contendas
Parecia inté parlendas
E o povo nem se mexia
Amargava a agonia
De ver ladrão se armando
E a todos ali comandando
Por muito tempo passado
Mas o troco será dado
Estamos nos preparando
Na terra de cego amigo
Quem tem um olho é Rei
Jamais me enganarei
E pra não correr perigo
Aprendi com o castigo
Não me meto com canalha
Se minha mente não falha
Nunca mais vou me meter
E tão pouco eleger
Bandido e nem trambiqueiro
Nem por rio de dinheiro
Lhe butarei no puder
Saúde e educação
Isso é coisa do passado
Hospital já foi fechado
La vem suplementação
Nome esquisito do cão
Para os buracos tapar
Legisladores a esperar
Pelo seu voto vendido
Que não é mais escondido
A falta de lealdade
E assim a tal cidade
É governada por bandido
Analfabetos no poder
Querendo enganar o povo
La vem pedindo de novo
Achando-se merecer
Ele quer enriquecer
As custas de quem é do bem
Quando chegar o ano que vem
La vem cheio de promessa
E a pancada é sempre essa
Dizendo que vai mudar
As coisas vão melhorar
Só que não podem ter pressa
Mudar de partido é ligeiro
O jogo do jogo é assim
Isso nunca terá fim
È o poder do dinheiro
Que ajuda o desordeiro
Brincar com o inleitor
O cabra confiador
Fica decepcionado
Sentindo-se tão enganado
Naquele que confiava
E neste depositava
Seu voto encabrestado
Gunvernador veio cá
Falou palavra bonita
E o povo todo cridita
Pois veio pra iscutá
O homem então discursá
Com jeito inteligente
Desses que mentem pra gente
Todo dia e toda hora
E o povo inda implora
Melhorar a comunidade
Conversa de farsidade
Tempo leva sem demora
É uma vela pra Deus
E uma reza pro cão
É um covil de ladrão
Reunião de ateus
Que roubam os sonhos meus
Afogam as esperança
E quem lhes dá confiança
Morre sem vê resultado
Tudo que tem é roubado
Com o apoio do inleitor
Que torna-se apoiador
Do politico safado
Eu já tô aresolvido
Nunca mais hei de votar
Mas sempre vou opinar
É meu direito adquirido
Por tanto ano sufrido
Em que fui um votador
Mas deixo para o senhor
Entendedor desta vida
A luta é merecida
De quem luta pra mudar
Então saiba manejar
Boa escolha na lida
Nunca venda o seu voto
Não traia sua confiança
Mantenha a esperança
Sem ser do besta devoto
Esse conselho lhe boto
Pense assim na sua gente
Seja mais inteligente
Na hora da votação
A arma tá na sua mão
Então vote consciente
E não seja negligente
Ajude sua nação
Dei o meu ponto de vista
Você segue se quiser
Faça a escolha que fizer
Seja honesto e calculista
Siga sua própria pista
Não se venda nem se traia
Em armadilha não caia
Lute por sua cidade
Pois a tal felicidade
Inda existe sim senhor
A ela então dê mais valor
Preserve sua honestidade
São esses versos rimados
De boa modalidade
Em 12 assim de verdade
Compostos bem humorados
E com carinho preparados
Numa linguagem matuta
Porém correta é a luta
De quem sonha e espera
Que mude essa esfera
Com responsabilidade
E que tenhamos na verdade
Mudança de nova era
É mera coincidência
Os fatos aqui descritos
Em meio a tantos gritos
Não perco a paciência
Se você tem a ciência
De ver em fato narrado
Nesse meu cordel traçado
Não mexo com sua cidade
Pois tenho maturidade
Não vou mudar seu pensar
Então queira respeitar
Minha criatividade
Minha estrofe em 12 versos
Deu-me a inspiração
Em linguagem bem matuta
Faço minha expressão
Mas isso é um recado
Se estiveres preparado
Votarás certo, ou não.
Sou um poeta brasileiro
Sou um cidadão do mundo
E conheço bem a fundo
Este meu país inteiro
O nosso povo ordeiro
Carrega dignidade
Espalha felicidade
Em verso prosa e canção
Na cidade ou no sertão
A luta é tão guerreira
Minha nação brasileira
Que me enriquece de emoção
Sou um poeta paulistano
Na Bahia fui criado
Amando esse Estado
Já me sinto um bom baiano
E ando fazendo plano
Do meu livro publicar
No Brasil irei lançar
Relatando em poesia
Fonte da minha alegria
No verso do canto falado
Um paulistano abaianado
Um versador em cantoria
Cada um tem sua arte
A sua escolha de lida
Rebusco nessa medida
Lutar com dignidade
Ouvindo assim com vontade
Somando a paz escolhida
Somos parte desse povo
Imitando o bom viver
Luta sonho e pensamento
Valorizar cada momento
Aprimorando o meu saber
Com Gonzagão aprendi
As coisas deste sertão
Com Jessier nosso irmão
Muita coisa dele ouvi
Foi então que escolhi
Traçar a vida em verso
Vagando nesse universo
Na saga da poesia
Que me enche de alegria
Nesse meu torrão amado
Sou um abrasileirado
Neste mundo de leotria
E-mail carlossilvampb@yahoo.com.br
(75) 8118 - 6726
Av. Cel. José Simões de Brito, 80 centro – Itamira Bahia
domingo, 15 de janeiro de 2012
"VIDA DE GADO"
NÃO SOU POETA
SOU UM MISTURADOR DE VERSOS
UM
AJUNTADOR DE PALAVRAS
UM CONTADOR DE BOLODÓRIOS
SEM DIPLOMA SEM
ANEL
SEM PATENTE DE BACHAREL, SOU UM TABAREU SABIDO CIRCULANDO NA
CIDADE,BUSCANDO FELICIDADE RABISCANDO O PAPEL.
SOU UM ASSUNTADOR
CALADO,COM OLHAR DESCONFIADO E UMA APRACATA DE COURO. VEJO GENTE APRESSADA,COM A
MENTE PREOCUPADA EM GARANTIR O SEU OURO.
VEJO NA RUA,
ALGO QUE SEMPRE ME
ASSUSTA, NA PAULISTA OU NA AUGUSTA, NA LUZ ,NA CONSOLAÇÃO. O POVO É FRIO NINGUÉM
FALA COM NINGUÉM, NO COLETIVO OU NO TREM,PARECE ATÉ ASSOMBRAÇÃO.
UM POVO
ROBOTIZADO, CONTROLADO POR DINHEIRO,QUE SÓ SABE ANDAR LIGEIRO, PRÁ SERVIR O SEU
PATRÃO. SÓ FALTA A CANGA, NO PESCOÇO DESSA GENTE,PARECE ATÉ QUE ESTÃO
CONTENTE,COM A DITA SITUAÇÃO.
QUEM VIVE ASSIM, É ESCRAVO DO EMPREGO, UM
COITADO UM PELEGO, COM CABRESTO DO PATRÃO.
E VIVE PRESO, NO SALÁRIO
ALGEMADO,OBEDECENDO FEITO GADO, NO CHICOTE OU NO FERRÃO.
RECOMPENSA
NUM MADEIRO DE BRAÇOS ABERTOS LÁ ESTAVA
"ELE".
PESANDO NOS SEUS OMBROS "COMO SE FOSSE UM PÊNDULO" TUDO DE ERRADO DA
VIDA HUMANA.
DOS SEUS OLHOS, TINGIAM-SE-LHE O LIQUIDO ENCARNADO DO SOFRIMENTO
E DOR.
DO SEU OLHAR DE AMOR, AINDA DISSE:
PAI, PERDOA-OS POIS ELES NÃO
SABEM O QUE FAZEM.
OS CRAVOS, TRANSPASSARAM-LHE MÃOS E PÉS.
O CÉU, FEITO
CORTINA RASGOU-SE E UMA CHUVA MISTERIOSA MISTURAVA-SE ÁS LÁGRIMAS DO
SALVADOR.
MUITOS DE CORAÇÃO BOM, PRANTEAVAM A CENA, SOLUÇAVAM O SENTIMENTO DA
DOR.
AO TERCEIRO DIA, CUMPRIU-SE A PROFECIA E O TEMPLO FOI RESTAURADO,
SUBINDO AO PAI, NO SEU SANTO TRONO DE GRAÇA.
TRIUNFANTE "POIS A TUDO
SUPORTARA" FORA PELO PAI ABRAÇADO E HOUVE FESTA NO CÉU.
E OS ANJOS, AGORA
FELIZES TOCAVAM HARPAS E LIRAS SANTIFICADAS,REGIDAS PELO SENHOR DA CRIAÇÃO.
E
O SOM, ERA INDESCRITIVELMENTE CRISTALINO E AFINADO.
ESSA, SEM DUVIDA, É A
RECOMPENSA PARA TODO AQUELE QUE RECEBE, SUPORTA E SUPERA TODA A DOR.
POIS OS
BRAÇOS DO PAI, ABRIR-SE-ÃO PARA RECEBE-LOS NA ETERNIDADE LHES CHAMANDO DE MEUS
FILHOS.
"SEGUINDO"
UM PENSAMENTO AVUANTE
NUM FUTURO QUE VIRÁ
NOVA VIDA ENTÃO TRARÁ
ALEGRIA ABUNDANTE
E NA MINHA BUSCA AVANTE
OTIMISMO ME GUIARÁ
O MEU PENSAMENTO IRÁ
ME LEVANDO CONFIANTE
VOU COM DEUS NÃO TENHO MEDO
BRINCANDO COM OS DESAFIOS
DESVENDO QUALQUER SEGREDO
BANHANDO SONHOS NOS RIOS
COMO FAZ O SOL BEM CÊDO
CAUSANDO NAS PEDRAS ARREPIOS
NUM FUTURO QUE VIRÁ
NOVA VIDA ENTÃO TRARÁ
ALEGRIA ABUNDANTE
E NA MINHA BUSCA AVANTE
OTIMISMO ME GUIARÁ
O MEU PENSAMENTO IRÁ
ME LEVANDO CONFIANTE
VOU COM DEUS NÃO TENHO MEDO
BRINCANDO COM OS DESAFIOS
DESVENDO QUALQUER SEGREDO
BANHANDO SONHOS NOS RIOS
COMO FAZ O SOL BEM CÊDO
CAUSANDO NAS PEDRAS ARREPIOS
UM DESEJAR DE MATUTO
Chega me dá doidiça, quando espeto com meus óios a gostosidade do balançante quadril... Êh quadril.
Par de coxas torneadas, feito fuso no linhavar do tecimento do cordão.
Ahhh doidiça; Temo que os óios pule da caixa ao acompanhar o teu desfile em desalinho.
Sinto a fervura labareando, querer papocar de dentro prá fora, esta vontade de despejar em ti o jorro do vulcão latejante.
Oxe... minhas carças forgadas de algudão me trai e os outros óios percebe o meu avexamento.
Quem controla o descontrolamento fora de qualquer controle?
Minhas carças de algudão, parece lona de circo de mei de feira , esticando a volumosidade que tenta "sisconder" de tão esticada...
Tulice, o que mais me sarva é um jorná de onti qui nem hoje sei o qui iscrevero.
E prá que jorná, se nem lê eu sei?
Só sei qui iscondeu a vergonha. E por não ser o dia 7 de setembo, eu nem sei prá qui serve o mastro alevantado, se a bandêra é apenas um desejo do matuto....
Ahhhh doidiça, desaprumo torteado da visão que tive, que me fêz moiar os óios e até a lona do circo incharcou.
Vixi minino que avechamento ôxe...
AH, SE O HOMEM SOUBESSE
Na vida tudo acontece,
Alguém sobe, outro desce,
Buscam santo fazem prece
Sem saber que nem merece
Pois promessa aborrece
Que até santo desaparece
Enquanto a aranha a teia tece
O sol lá fora resplandece
Traz calor a terra aquece
E um novo dia amanhece
E todo mundo enriquece
Ah se o Homem soubesse
Que a vida refloresce
Se uma chance ele desse
E com Deus sempre estivesse
Porém ele emudece,
O coração escurece
E Nosso Pai entristece
Sem razão desobedece
Mas Deus nunca se enfurece
Espera que o Homem regresse
E nova vida recomece
Onde o viver engrandece
O nome de Deus enaltece
E a natureza agradece
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